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Aumento da Repressâo aos Organizaçaôes Sociais do Brazil

CPI do MST: aumento da repressão aos Sem-Terra


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Campanha contra a ofensiva da Direita

Está claro que o objetivo da CPI contra o Movimento dos Trabalhadores sem-terra é o de colocar em um novo patamar a ofensiva criminosa da direita, dos latifundiários contra o trabalhador rural sem-terra. As milícias paramilitares com jagunços e a orientação do governo para a polícia de defesa da propriedade privada com o assassinato e a dura perseguição está com tudo preparado para se aprofundar.

Como afirmam os representantes da bancada ruralista “ A idéia dos oposicionistas é polarizar os debates entre simpatizantes dos sem-terra e os defensores do agronegócio, deixando de lado o tradicional embate entre os partidos alinhados com o Palácio do Planalto e a oposição.” (Jornal do Brasil 27/10/2009). O que querem é sufocar as tendências de luta no campo. Esta CPI não tem como alvo fundamental as eleições de 2010 e o PT, mas de fato é atacar os movimentos de luta, que abarca milhares no campo brasileiro.

Como se pode ver, alvo fundamental sequer o próprio MST, mas todos os movimentos que nos últimos anos estão se distanciando da política de freio da direção do MST e da frente popular.

Fato que subordinou a luta pela terra aos para favorecer a colaboração de classe levada a frente pelo PT, antes e durante o governo Lula.

Latifundiários contra povo pobre

Segundo divulga a imprensa burguesa, os governo tenta timidamente um acordo com PT e PMDB dividindo o comando da CPI. A relatoría ficaria com o PT e a presidência com o PMDB.

Dos 36 membro da comissão, como os aliados do governo tem ampla maioria na Câmara e no Senado, os partidos governistas vão indicar 11 senadores e 12 deputados para a CPI.

A direita DEM, PSDB e PPS, ficou com seis vagas de senadores e cinco de deputados, enquanto o Psol e o PSC também poderão indicar membros para a comissão, seguindo o critério estabelecido entre as menores bancadas.

O raivoso DEM que pediu a instalação da CPI e está numa ampla campanha contra os sem-terra é o único partido que indicou os parlamentares: Abelardo Lupion (DEM-PR) e o­nyx Lorenzoni (DEM-RS), como titulares da CPI. No Senado, Gilberto Goellner (MT) e Kátia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional de Agricultura.

Organizar as massas contra a repressão

A realidade se impos ao MST e agora é possível afirmar que estão diante de uma encruzilhada. Se não romperem com a política do PT e da frente popular continuarão a estimular a ofensiva da direita.

A direita levanta a cabeça em todo o país como resultado da situação explosiva no campo contida pela política da direção do MST e do PT. Apenas no Pará em dois anos foram assassinados 15 líderes sem-terra e o MST nada fez.

Não é possível ter nenhum ilusão nos deputados e senadores do PT, prontos para fazer qualquer acordo para garantir a estabilidade de seu governo. O próprio Lula fez vários pronunciamentos contra a ocupação da Cutrale realizada na região de Iaras no último mês.

Apenas através mobilização política das massas do campo é que esta investida pode ser barrada.

Os movimentos populares e de luta pela terra devem ter consciência que não se trata do MST apenas. A neutralidade diante do ataque dos latifundiários nas instituições burguesas fortalece a posição da direita, como vimos no último período. Há uma escalada de repressão que começou nos locais mais isolados do País como Rondônia e Pará e que só será barrada com a luta.

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