Nita Freire repudia fechamento das Escolas Itinerantes no RS
A educadora Ana Maria Araújo Freire, a Nita Freire, viúva do pedagogo Paulo Freire esteve ontem (13/10) em Porto Alegre presente na aula pública das Escolas Itinerantes do MST, em frente ao Palácio Piratini. Nita Freire repudiou a ação “inconstitucional e vil” do governo do estado e de parte da justiça de impedir que as crianças acampadas, filhos de agricultores Sem Terra, não terem o direito de estudar nas Escolas Itinerantes, que existem há 12 anos no Rio Grande do Sul e serviram de exemplo a outros estados.
A pedagoga estave acompanhada do presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia, deputado Dionilso Marcon (PT), do deputado Estadual Raul Pont, da deputada Estadual Marisa Formolo, e da presidente do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS), Rejane de Oliveira. A Escola Itinerante é legal e cumpre normas do Conselho Estadual de Educação (Ceed), da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e da legislação das escolas no campo.
O MST denuncia que desde o início do ano, governo estadual e o Ministério Público Estadual (MPE) assinaram Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em que decidiram fechar, sem consultar os pais, as escolas itinerantes. Desde então, o governo estadual não cumpriu com o que foi firmado no TAC, que é garantir transporte público às crianças nos municípios em que há acampamentos. É o que ocorre hoje em São Gabriel , em que 400 crianças assentadas e acampadas estão sem estudar desde o início do ano.
A atividade faz parte da Jornada de Lutas dos Sem Terrinhas que ocorre em todo país nesta semana.
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